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segunda-feira, 2 de outubro de 2017


Há algum tempo atrás (faz tempo que eu não publico...) eu explorei algumas possibilidades de textura com aquarela. Confesso que, no começo do exercício, eu estava desconfiada em relação aos resultados. Não botei muita fé, e me surpreendi com o resultado.

Como era só para aprender, usamos uma folha A3 de aquarela para experimentar vários efeitos: gaze, tule, renda, plástico filme, rendas, papel higiênico, linhas, giz de cera, vela, cotonete, sal e álcool. Tudo que você pode encontrar em tutorias na internet sobre efeitos de textura em aquarela.


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exercício para criar efeitos e texturas com aquarela

O efeito do giz, da vela e do álcool a gente vê na hora, mas é preciso esperar as rendas, gazes, papel, linha e sal secarem completamente para retirá-los e ver como ficou. Ainda preciso me aprimorar muito na arte da espera... Aliás, a ansiedade é tanta que assim que todos eles secaram eu já fui recortando cada mancha para então trabalhar por cima com lápis de cor, que é a parte mais divertida para mim. Mas para vocês eu remontei a folha toda para facilitar a comparação com a imagem anterior.

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exercício (seco) com texturas em aquarela

Olhando de novo para todas essas manchas, consigo ver com facilidade uma montanha (o triângulo, vê?) e o desenho do cavalo alado, claro. E você, enxerga outros desenhos? Vou te mostrar o que eu fiz alguns desses pedacinhos.

do papel higiênico com aquarela à mancha

eu vi um gatinho

da mancha com textura de gaze ao dragão (lápis de cor e grafite)

aquarela coberta com plástico filme, mancha e porco-espinho

das manchas com renda e sal, a de cima recebeu mais tinta.
desenho com lápis de cor

aqui foi só desenhar por cima das manchas

sábado, 13 de maio de 2017




Como contei para vocês no post anterior, estou fazendo o boneco de um livro, ou seja, testando formas do que, se tudo der certo, mais cedo ou mais tarde, será um livro publicado. Nesse processo, fazemos vários desenhos para testar a posição dos personagens e do texto nas páginas e as proporções de cada um, para achar a paleta de cores, a intensidade de cores e a luminosidade que pode funcionar. Às vezes um desenho dá certo. Êêêêêêêêê!!!! Mas aí vamos passar o boneco a limpo, para um papel que aceite melhor a aquarela, tinta, canetas, o que a gente for usar. E vamos ter que desenhar tudo de novo, claro, só que nunca fica igual. Eu, pelo menos, não consigo... é sempre um mega esforço. É aí que entra a mesa de luz!

Mesa de luz é um tipo de uma prancheta de luz que facilita "colar", "roubar" o desenho de baixo. Você já deve ter feito isso na escola ou em alguma época da sua vida. Eu fiz muitos mapas e desenhos assim, geralmente usando uma folha de seda, e depois passando esse desenho para outra folha usando carbono. Pronto, agora você já sabe que eu sou "antiga"! Se eu tivesse uma mesa de luz naquela época... Mas para falar a verdade, eu ainda não tenho. Já encomendei uma, mas ela ainda não chegou... Então tive que improvisar, e até que funcionou bem.

Eu notei que o iPad, é uma pranchetinha que emite luz. TA-DA! Aí eu tirei a foto de uma superfície branca, editei a foto branca para que ela ficasse o mais clara possível (ajustes/luz) e deixei essa foto branca aberta.

iPad com foto de fundo branco

Aí de uma reforçada com grafite no desenho que estava em sulfite e que eu queria passar para um papel com gramatura 240 mg. Coloquei o desenho a ser copiado sobre o iPad, e o o outro papel sobre o desenho. Se você fizer isso num lugar muito iluminado, será difícil de ver o desenho debaixo. Mas para mim bastou a pagar a luz da sala. Como estava de dia e vinha muita luz da janela, cobri um pouco a luz com a outra mão.

cópia de um desenho usando o iPad como mesa de luz

Com o desenho passado para outro papel, hora de testar as cores.

primeira página do "boneco" para teste de cores
Ficou fácil?

domingo, 23 de abril de 2017

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Eu me perguntava como é que um autor mandava para a editora a proposta de um livro imagem, ou seja, um livro onde as ilustrações contam tanto quanto o texto escrito (quando tem texto). Eles mandariam o texto e as ideias gerais de como seriam as ilustrações? Pode ser que isso baste para que as editoras apostem em projetos de escritores consagrados mas, definitivamente, linhas gerais não bastam para convencer editora nenhuma do potencial do seu ou do meu projeto.

Acontece que eu tive uma ideia para uma história, e resolvi trabalhar para chegar num projeto do que poderá ser um dia (tomara!), um livro imagem. Não posso ainda contar a história, mas posso dizer que é sobre a relação de uma criança com duas cachorrinhas. O projeto ainda está em andamento, mas já compartilho com vocês os passos dados até aqui!

No meu primeiro rascunho, escrevi o texto e a descrição da imagem que eu queria para cada página. Fiz um pequeno story board para ter uma começar um planejamento em relação ao número de páginas e reorganização das frases e das ilustrações para cada página. Aí, para poder testar as ideias iniciais e aprimorá-las, eu precisava fazer um "boneco" do livro, ou seja, um "protótipo" do livro, já na forma aproximada que se pretende que ele tenha.

Olhei vários dos meus livros ilustrados e, não sei porque, mas escolhi um formato quase quadrado, de 21x18,5 cm. Aliás, por falar em formato, o ideal é já planejar um formato que não desperdice papel na hora do corte. As gráficas trabalham geralmente com folhas no tamanho A0. Outra coisa importante para facilitar o processo gráfico é deixar o miolo (parte de dentro do livro) com um número de páginas que seja múltiplo de oito.

Quem me ensinou a fazer o boneco assim foi a (sempre) Daniela Galanti que, por sua vez, aprendeu com o (mestre) Odilon Moraes. Comecei cortando as folhas no tamanho duplo da largura que eu queria. Não por acaso, o dobro de 21 cm é 42 cm, o tamanho de uma folha A3. Mas tive que cortar a altura em 18,5 cm. Minha guilhotina é só para folhas A4, então tive que usar um estilete mesmo.

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Depois, dobrar as páginas ao meio, passando uma dobradeira na dobra, para a folha ficar bem dobradinha!

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E então, vem a parte divertida. "Encadernar" usando micropore, aquela fita adesiva para fazer curativos! Além de ser super prático (muitíssimo mais rápido que costurar as páginas), esse tipo de fita adesiva aceita bem o grafite. Eu posicionei a dobra de uma folha com a dobra de outra e coloquei a fita.

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preparação do boneco do livro
A partir do momento que um dos lados fica já mais alto que o outro, basta apoiar um livro ou bloco de papéis abaixo das folhas a serem coladas, para que elas continuem com as dobras bem rentes.

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Pra finalizar, é legal passar o micropore também na lombada do boneco.

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a lombada do boneco fica reforçada com o micropore

O meu primeiro boneco para este projeto foi feito com papel sulfite A3 de 75 mg. Foi mais que suficiente para fazer os croquis dos desenhos, apagar o texto e os desenhos várias vezes e reordenar tudo de novo. Agora, satisfeita com as soluções para o primeiro boneco, fiz este segundo, com um papel de desenho um pouquinho mais espesso (180 mg), para aguentar os testes com aquarela... Atenção, testes!... Ainda tem muito chão até chegar o momento de fazer os desenhos no papel para aquarela!

quarta-feira, 8 de março de 2017

Dia internacional da mulher

Nesse dia não queremos ouvir que somos "maravilhosas"... Queremos falar sem medo e ser ouvidas sem preconceito.

Silenciada (Keila Knobel, 2016, colagem, carimbo e lápis de cor)

Não queremos flores ou elogios machistas (atenção, não é uma crítica aos homens, muitas mulheres são machistas também)... Queremos respeito.

Desrespeito (Keila Knobel, 2016, colagem)

terça-feira, 7 de março de 2017


Na semana passada o Ricardo Azevedo esteve n'A Casa Tombada aos novos e aos antigos alunos da pós em Livro para a Infância para falar sobre seu percurso profissionais. "Legal", pensei. Afinal, conheço vários de seus livros por meio dos meus filhos, que vira e mexe trazem um da biblioteca da escola. Além disso, gosto de sua linguagem direta e enxuta e de como suas histórias fogem do óbvio e passeiam pela complexidade da vida... Confesso que, além dessas impressões (superficiais), eu não sabia bem o que esperar desse encontro.

Cheguei n'A Casa um pouco adiantada, então aproveitei para pedir um autógrafo para meus filhos, claro. Não sei porque, mas eu pensei que o Ricardo Azevedo fosse baixinho. Ele é bem alto e sorri um sorriso meio sério, meio tímido, mas muito franco.

Obviamente que não dá para contar aqui tudo que o que foi conversado nesse encontro que durou quase três horas! Então, conto aqui as coisas que me impactaram.

1. Antes de mais nada, confesso que eu estava passando por uma fase meio baixo-astral... Estou tão apaixonada pelas imagens que eu vinha pensando como eu seria hoje se eu tivesse cursado artes plásticas ou design. "Se", claro, é a palavra mais inútil que existe. Mas eu vinha me sentindo meio atrasada em relação às outras pessoas da minha idade, ou mais novas, que já fizeram tantas obras, já publicaram, e tudo, e eu ainda aprendendo a misturar as cores da aquarela... 

Aí o Ricardo Azevedo conta que ele, apesar de sempre ter gostado de escrever, acabou,, meio "por acaso", cursando Comunicação Visual pela Faculdade de Artes Plásticas da FAAP. E então ele contou algo que me fez pensar muito na minha posição hoje... Quando ele publicou seus primeiros livros infantis, na década de 1980, se sentia um pouco desconfortável quando era chamado para conversar com pedagogos e alunos, pois não se sentia "do ramo". E tive meu momento estalo na telha! Será que o que eu sinto quando estou ao lado de artistas e ilustradores é parecido com o que ele sentia quando estava ao lado de pessoas que entendiam muito de literatura e de educação infantil? Não sei se foi isso mesmo, mas assim eu entendi, o que me abriu portas e janelas na cabeça! (Depois ele foi para sua pós-graduação, quando, começou sua pesquisar sobre cultura popular, que aparece muito em sua obra)

2. Ele falou de muitas obras e autores que o nutriram desde pequeno, assim como de livros um pouco mais recentes, referências pessoais que acabam influenciando sua obra. Praticamente todas as obras estão esgotadas, eu já procurei... (lá vou eu a sebos e bibliotecas!)

Rubem Braga e Stanislaw Ponte Preta, crônicas
de Peter Bichsel, O homem que não queria saber mais nada e outras histórias
A pedagogia de democracia e liberdade postulada por John Dewey


Revistas Humboldt, uma de suas referências visuais da infância
3. Algumas das falas do Ricardo Azevedo eu tomei como conselhos. Não que tenham sido "conselhos", mas agarrei-os assim, e se servirem para vocês, aí vão (do jeito que eu anotei, não gravei...).


4. Ele mostrou um caderno incrível, cheio de recortes de jornal, com notícias e histórias engraçadas ou inusitadas. Me fez lembrar do imperdível filme Um conto Chinês, de Sebastián Borensztein (2011)!

Ricardo Azevedo e seu caderno de recortes de jornal
Referências, inspiração e generosidade pra dar e vender

sexta-feira, 3 de março de 2017

Quando faltam palavras

Hoje uma amiga muito querida perdeu seu pai... Pensei nela e em sua família o dia todo, mas a distância e os compromissos me impediram de estar ao seu lado neste momento.

Apesar de gostar de escrever, nessas horas me faltam palavras. Aprendi a respeitar esse silêncio que se instala.  Lembro-me de frases péssimas que eu já soltei ao tentar "consolar" a perda de uma gestação, a descoberta de uma doença... Não respeitar nosso próprio pedido de silêncio pode ser um desastre.

Em silêncio, peguei o grafite e a aquarela e desenhei os abraços que eu queria lhe dar...

Abraço, aquarela e grafite

Lado a lado

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017


"O limitado dá forma ao ilimitado" - Pitágoras

Já deu para perceber que eu gosto de escrever, claro... Mas escrever poemas é bem diferente de "prosear"... E eu não me sinto muito capaz de escrever poemas. Mas esta semana eu quis escrever um. Só que, quando se trata de poesia, me sinto muito intimidada sozinha com todas as palavras juntas numa folha em branco. Então usei um recurso que gosto muito. "Sentei-me" com um número limitado de palavras numa página de um livro que já é meu velho conhecido. Quer dizer, brinquei de escrever usando apenas palavras que já estavam escritas numa folha de um livro, riscando as palavras que eu não usaria, ou destacando só as que eu queria. No caso, um as folhas de um velho dicionário que eu comprei há algum tempo num sebo (amo sebos).

Mas dessa vez eu quis sair do papel! Não vou fazer suspense,.. Mostro já aqui o resultado final.
detalhe do poema bordado

coração amigo da paz
com sorrisos de silencioso motivo
e de liberdade possível
Agora você me pergunta como esse texto foi parar no tecido. Não tenho a pretensão de fazer um tutorial, mas mato sua curiosidade. Tem um tipo de papel chamado freezer paper, que é um papel com uma película plástica em um dos lados. Muito comum nos Estados Unidos, mas aqui no Brasil você deve achar em lojas ou sites especializados em patchwork. Mas atenção, freezer paper não é igual a papel termocolante... 
o lado brilhante do freezer paper

Coloco o tecido sobre o lado brilhante do freezer paper e passo o ferro bem quente e bem passadinho

o papel ficou aderido ao tecido cru, está vendo? 

digitalizei a imagem e deixei no tamanho exato que eu queria 

coloquei o tecido aderido no papel para imprimir. Ele tem que estar cortado no tamanho exato de entrada da impressora, e sem fiapos, para evitar enroscos

Aí é só descolar o tecido e usá-lo como quiser

para este trabalho eu bordei ao redor das palavras que escolhi para "escrever" o poema

aqui eu imprimi a esgrimista (aquarela e colagem) no tecido cru e encapei um caderno

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017


No final de 2016 tive a graça de ter a disciplina “A relação palavra e imagem” com o incrível Odilon Moraes, na pós-graduação  “O Livro para a Infância” d'A Casa Tombada. É engraçado falar a graça, mas de verdade, não consigo encontrar uma expressão melhor, foi incrível.

Impossível falar aqui sobre todos as (acho que é isso mesmo) centenas de livros que ele nos apresentou, sob o ponto de vista histórico e sempre muito afeito. Então, deixo para vocês o que foi meu breve  trabalho de final de curso (do Odilon). O objetivo era comparar dois livros ilustrados que tivessem algo em comum em no máximo duas páginas. Mas para vocês falo também de um terceiro livro, todos bem divertidos. Aí vai! 

Há um tipo de livro ilustrado muito antigo, surgido lá pelo século III, que muito fascina. O bestiário. Recentemente conheci o Animalário Universal do Professor Revillod, um livro divertidíssimo que se faz passar por um compêndio de ciência rigorosa com apontamentos sobre 4096 feras de todas as selvas do mundo. 

de Castán & Murugarren, 2016, Editora SESI-SP 
A narrativa introdutória sobre o “legado” deixado pelas incríveis “descobertas” do laureado Professor Revillod, segue o rigor de discurso das ciências, assim como os comentários para cada animal. São 44 lâminas de animais comuns, cada lâmina dividida em três. O que acontece ao folhearmos as páginas do livro separadamente, é a decomposição dos animais comuns e a possível (na verdade, inevitável!) recomposição de criaturas fantásticas e de comentários intrigantes, hilários. 


É o caso, por exemplo do “Elegafegre”, mistura de elefante (“formidável paquiderme de majestoso porte das selvas da Índia”), pulga felina (“antenado comum de picada persistente de ambientes insalubres”) e tigre (“feroz animal de belíssima estampa dos bosques malaios”).

“formidável paquiderme de picada persistente dos bosques malaios

A brincadeira com o manuseio livre das tiras pode durar horas, levando-nos a experimentar surpresa, admiração e riso. A mistura de duas ou mais palavras não é coisa nova, é claro. De autores brasileiros temos, por exemplo, "O Livro da Com-Fusão".

Imagens de "O Livro da Com-Fusão, de Ilan Brenman & Fê, 2004, Brinque-Book.
A grande diferença nesta obra é o contraponto entre o tom científico, presente tanto no texto, de vocabulário sofisticado, quanto nas imagens, que lembram ilustrações científicas do início do século XX, com o fantástico. Assim, a interação com a obra expande nossas possibilidades de leitura, assim como a experiência que se tem com o que seria, inicialmente, um livro demonstrativo com palavras. Além disso, podemos dizer que este livro vai além do gênero demonstrativo, ao apresentar o personagem, Professor Revillod, como o responsável pela coleta das formidáveis feras das selvas de todos os continentes.  

de Sirish Rao, 2012, Editora Gaia
Outro livro que apresenta um personagem principal e misturas de animais é o indiano "Como eu vejo as coisas".Entretanto, ao contrário do Animalário e de O livro da com-fusão, que não apresentam uma narrativa sequencial, aqui conta-se a história de um artista que desenha animais imaginários. As pessoas que veem sua obra o criticam por pintar animais que não existem, mas ele não se importa continua a criá-los e a dar-lhes nomes. O conflito vem quando os próprios desenhos começam a reclamar, como o crocogalo, que não conseguia deixar de girar em círculos, perseguindo a própria cauda. Ou o elefanguejo, cabeça e corpo de elefante e pernas de caranguejo, pois sua cabeça queria ficar na terra e pernas na água. Em que mundo essas criaturas poderiam ser felizes?

Crocogalo

o artista
As ilustrações de Bhajju Shyam, típicas da tribo Gonde (Índia), acompanham o texto, reforçando-o, sem expandi-lo. Na verdade, uma observação mais demorada revela que os animais não expressam seu desagrado nas ilustrações. Isso acontece porque, em realidade, na história da produção do livro, foi o texto que acompanhou os desenhos, já estavam prontos, como contou o ilustrador em uma entrevista. Tendo diversos desenhos de animais estranhos, o ilustrador gostaria de usá-las, mas não sabia como. Foi quando desenhou o artista do livro, cuja história era parecida com a sua própria. Tinha os desenhos e não sabia onde colocá-las. Ambos encontram no livro o lugar perfeito para abrigar essas criaturas únicas.


Essas  obras,são um convite à imaginação e à criatividade, textual e pictórica.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Meera

Ontem a querida Meera Hashimoto se foi... Se foi deste mundo, mas nunca sairá dos corações que ela tocou... O meu foi tocado e transformado profundamente pelo amor e pela sabedoria de Meera, querida Meera.

Me ensinou a dizer SIM à vida

Firme e suave

Aprendi a me entregar às cores, à natureza, à intuição

Me entreguei ao AMOR com confiança

GRATIDÃO profunda ao grupo que passou por transformações profundas em total conexão com Meera, 2014

 Vou me nutrindo com as lições que, felizmente, ela deixou registradas...